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por
Carolina
Recomendações de saúde mais recentes e um estudo recente sugerem que não.
Mas que os bebés comem snacks processados em excesso no primeiro ano de vida. Os snacks desempenham um papel importante na qualidade geral da dieta e no consumo de calorias das crianças.
Estimativas dos EUA, Austrália e Europa sugerem que a contribuição dos snacks para a ingestão calórica diária das crianças varia entre 25% e 42%. Os primeiros anos (0 aos 2 anos) são um período crucial para o estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis, uma vez que as preferências alimentares e os padrões alimentares formados neste período tendem a perpetuar-se na vida adulta.
No entanto, um estudo recente na Appetite, "Snack foods for babies: What is driving the increasing use of processed baby snack foods in the UK?", conclui que:
Mais de 87% dos bebés britânicos consomem snacks processados regularmente entre 6–23 meses.
64% começaram antes dos 11 meses, contra as recomendações do Sistema de Saúde Nacional Britânico (NHS) e 30% antes dos 6 meses.
Apenas 14% dos pais sabiam que a idade mínima recomendada para snacks é 12 meses
Muitos snacks são usados para acalmar ou entreter, influenciados por rótulos enganosos.
A confiança dos pais nas marcas é reforçada por afirmações como "aprovado por nutricionistas" ou recomendações de profissionais de saúde, mesmo que isso nem sempre esteja alinhado com os códigos de conduta profissional.
Entre 2019–2024, 56% dos alimentos comerciais eram purés em pacotes, com elevada presença de açúcar e pouca textura — crianças não têm oportunidade de aprender a mastigar.
Aplicando o sistema WHO NPPM, apenas 45% dos produtos UK estão dentro dos limites de nutrientes mínimos.
Crianças entre 2–5 anos obtêm cerca de 61% das calorias de alimentos ultraprocessados no Reino Unido (The Guardian).
O problema:
Muitos açúcares livres (sob a forma de sumos concentrados) estão presentes nos snacks para bebés
A maior parte tem texturas suaves que não promovem mastigação
Marketing enganador (ex.: “sem adição de açúcar”) leva pais a fazerem escolhas erradas (PubMed, News-Medical)
Até 1 ano: na maioria dos casos, não. O leite materno ou fórmula + introdução gradual de sólidos (a partir dos 6 meses) garantem energia e nutrientes sem necessidade de lanches adicionais. Iniciativas da NHS no Reino Unido reforçam que crianças até 12 meses não devem comer snacks entre refeições.
De 1 aos 5 anos: pequenos snacks de manhã e à tarde podem ajudar a manter energia, sobretudo em dias ativos.
O consumo excessivo de snacks podem retirar o apetite do bebé ou criança das refeições principais. O principal risco? Carências nutricionais, como é o caso do ferro.
Se o bebé tiver fome entre refeições, a escolha deve ser sempre fruta ou vegetais na textura e formatos apropriados. Para bebés mais velhos e crianças, pode também combinar com uma fonte de proteina ou um hidrato de carbono.
Fruta/legumes: ex.: banana, pêra, cenoura cozida
Hidratos: pão de fermentação natural, panquecas, batata-doce
Proteína/lácteos/gorduras: iogurte natural, queijo, ovo, húmus
Número máximo: 2 snacks por dia para preservar apetite nas refeições principais.
Evitar produtos processados e ultra‑processados, que muitas vezes têm açúcar ou sal escondido.
Variar ao máximo as texturas e sabores
Planeamento prévio: muffins, bolinhas energéticas, panquecas podem ser feitos e congelados em porções individuais.
Tostas de milho com abacate esmagado + tomate-cereja
Fatia de pão com queijo fresco e uvas
Palitos de cenoura (cozidos, se o bebé tiver menos de 2 anos) e pepino com húmus
Fatias de batata-doce assada com ricota
Bolinhas energéticas de aveia, tâmaras e sementes (+2 anos)
Iogurte natural com puré de fruta e granola sem açúcar (triturada para bebés)
Congele os snacks: muffins, panquecas, bolos, bolinhas energéticas, húmus podem ser congelados em porções individuais e assim garante que tem sempre snacks saudáveis em casa
Leve snacks em recipientes apropriados
Prefira fruta sólida (não purés de fruta em pacote)
Não se deixe enganar por alegações nutricionais na embalagem
Fontes:
Alexandra Rhodes, et al., Snack foods for babies: What is driving the increasing use of processed baby snack foods in the UK?, Appetite, Volume 214, 2025, 108203, ISSN 0195-6663, https://doi.org/10.1016/j.appet.2025.108203.
O'Kane N., et a., The patterns and position of snacking in children in aged 2–12 years: A scoping review, 2023, Appetite, Volume 188, ISSN 0195-6663, https://doi.org/10.1016/j.appet.2023.106974.
Brand-Williamson, J., Parrett, A., Sibson, V. and Garcia, A.L. (2025), Commercial Baby Foods: Nutrition, Marketing and Motivations for Use—A Narrative Review. Maternal & Child Nutrition e70059. https://doi.org/10.1111/mcn.70059
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Nota importante:
Os conteúdos disponíveis neste site destinam-se exclusivamente a fins informativos e educativos. Não devem, em circunstância alguma, ser interpretados como aconselhamento médico individualizado, diagnóstico ou tratamento. Cada criança é única e pode ter necessidades específicas. Antes de iniciar qualquer alteração na alimentação do seu bebé ou criança, consulte sempre o seu pediatra ou profissional de saúde de confiança.
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