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Contem alergénicos
A tilápia é um peixe mais consumido do outro lado do Oceano Atlântico, quer nos Estados Unidos da América, quer no Brasil. É nativo das águas doces de África. No Brasil tornou-se popular devido à sua versatilidade culinária. Em Portugal o seu consumo é menos expressivo, mas vai ganhando espaço nos supermercados.
Tilápia no Brasil
A tilápia é o peixe mais produzido e consumido no Brasil. Representa 65,3% da produção de aquacultura nacional em 2023, tendo alcançado as 579 080 toneladas.
Relativamente à produção deste peixe, são utilizados vários sistemas, para assegurar uma produção mais eficiente e sustentável. Entre os principais métodos, destacam-se:
Tanques-rede, estruturas flutuantes colocadas em reservatórios e rios;
Viveiros escavados, ou seja, lagos artificiais escavados diretamente no solo;
Sistemas de recirculação, ambientes controlados que reutilizam a água, para uma maior sustentabilidade.
Os estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais são os que têm a maior produção de tilápia no país.
A alimentação das tilápias consiste em rações desenvolvidas para responder às suas necessidades nutricionais específicas. Esta abordagem favorece um crescimento saudável e eficiente, ao mesmo tempo que tenta reduzir o impacto ambiental.
Riscos da Aquacultura para a Saúde
A aquacultura intensiva de tilápias pode trazer alguns riscos à saúde, especialmente se os produtores não seguirem boas práticas de manipulação:
Uso de antibióticos: O uso indiscriminado de antibióticos pode deixar resíduos no pescado, o que representa um risco, especialmente para grupos vulneráveis, como crianças e grávidas;
Doenças emergentes: Algumas doenças, como o vírus da tilápia do lago (TiLV) e infeções bacterianas por Streptococcus agalactiae, podem comprometer a saúde dos peixes e, potencialmente, a segurança alimentar.
Dicas para Escolher Tilápia de Qualidade
Assim como nos outros peixes, o consumidor pode garantir uma maior qualidade, minimizando os riscos para a saúde e usufruindo dos benefícios nutricionais da tilápia, seguindo estas orientações:
Verificar a origem – prefira peixes certificados, provenientes de produtores que seguem boas práticas de aquacultura.
Observar a aparência – as guelras devem ser vermelhas e brilhantes, os olhos salientes, as vísceras deverão estar dentro da cavidade abdominal e firmes, a pele e escamas devem ter pigmentação brilhante e lisa e a carne deve ser firme, elástica e muito presa às espinhas.
Certificar o armazenamento – assegure-se que o peixe foi mantido em condições adequadas de refrigeração.
Consultar o rótulo – verifique as informações sobre o produtor e os métodos de criação.
Perfil nutricional
A tilápia é uma boa fonte de proteínas de alto valor biológico e tem um baixo nível de gordura. Contém altos níveis de vitamina B12 e selénio. É um peixe com baixos níveis de mercúrio.
Bibliografia
Ministério da Saúde, Direção-Geral da Saúde. Alimentação Saudável dos 0 aos 6 anos – Linhas De Orientação Para Profissionais E Educadores. 2019. Disponível em: https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/alimentacao-saudavel-dos-0-aos-6-anos/
Associação Portuguesa de Nutrição. Alimentação nos primeiros 1000 dias de vida: um presente para o futuro. E-book nº 53. Porto: Associação Portuguesa de Nutrição; 2019.
Solid Starts. Tilapia. Disponível em: https://solidstarts.com/foods/tilapia/.
National Health Service. "Foods to Avoid Giving Babies and Young Children." Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/baby/weaning-and-feeding/foods-to-avoid-giving-babies-and-young-children
U.S. Food and Drug Administration. Mercury levels in commercial fish and shellfish (1990-2012). Silver Spring: FDA; 2017. Disponível em: https://www.fda.gov/food/environmental-contaminants-food/mercury-levels-commercial-fish-and-shellfish-1990-2012
Harvard T.H. Chan School of Public Health. The Nutrition Source: Fish. Boston: Harvard University. Disponível em: https://nutritionsource.hsph.harvard.edu/fish/
Vila Nova CM, Godoy HT, Aldrigue ML. Composição química, teor de colesterol e caracterização dos lipídios totais de tilápia (Oreochromis niloticus) e pargo (Lutjanus purpureus). Ciênc Tecnol Aliment. 2005.
Welzo. Peixe de tilápia: benefícios e riscos. 2023. Disponível em: https://welzo.com/pt-eu/blogs/todos-os-blogs/peixe-de-tilapia-beneficios-e-riscos?utm_source=chatgpt.com
G1 Globo. De água doce, tilápias encontradas no mar podem causar doenças e mortalidade de peixes; entenda riscos. 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2023/11/01/de-agua-doce-tilapias-encontradas-no-mar-podem-causar-doencas-e-mortalidade-de-peixes-entenda-riscos.ghtml
Globo Rural. Produção de tilápia no Brasil mais que dobrou em uma década. 2024. Disponível em: https://globorural.globo.com/pecuaria/peixe/noticia/2024/12/producao-de-tilapia-no-brasil-mais-que-dobrou-em-uma-decada.ghtml
Universo da Saúde Animal. O impacto das doenças emergentes na criação de tilápia. 2023. Disponível em: https://www.universodasaudeanimal.com.br/aquicultura/o-impacto-das-doencas-emergentes-na-criacao-de-tilapia/
Idade
A tilápia pode ser introduzida na alimentação do bebé a partir dos 6 meses. Certifique-se que o peixe não tem espinhas antes de servir ao bebé.
Pode causar alergia?
Sim. A tilápia, como os outros peixes, pode causar reações alérgicas. Assim, a primeira oferta deve ser feita em casa, idealmente no período da manhã.
Como os restantes alergénicos, deve ser oferecido durante 3 dias consecutivos, podendo aumentar a quantidade, ligeiramente, ao longo desses dias. Comece por oferecer uma pequena quantidade, num ambiente controlado, para que se possa observar qualquer reação adversa, como erupções cutâneas, vómitos ou dificuldades respiratórias. É importante garantir que não é oferecido mais nenhum alergénico no mesmo dia, para conseguir associar à tilápia, algum sintoma que possa aparecer. Pelo mesmo motivo, só devem ser oferecidos nesse dia alimentos que o bebé já tenha provado previamente.
Em caso de reação alérgica, suspenda a oferta e consulte o profissional de saúde que acompanha o bebé. Em caso de reação grave, deve contactar imediatamente o serviço de urgência (112 em Portugal).
Representa risco de engasgo?
Não. O maior risco de oferecer tilápia está nas espinhas. Por isso, para garantir que está livre de qualquer espinha, ou mesmo pele, desfie o peixe com a polpa dos dedos, para conseguir detetar e retirar tudo, antes de oferecer ao bebé.
Não se esqueça de garantir os devidos cuidados higiénicos e a segurança alimentar quando manuseia o peixe.
Como oferecer?
Cada bebé desenvolve-se no seu próprio ritmo e as sugestões sobre como cortar ou preparar determinados alimentos devem ser adaptadas à etapa de desenvolvimento e habilidades de mastigação do seu bebé.
Recomenda-se oferecer bem cozida, numa textura fácil de mastigar e engolir, e sem adição de sal.
6 aos 9 meses
A tilápia pode ser cozida ou assada, devendo garantir que fica bem cozinhada. Pode ser oferecida em finger food (cortada em tiras com a largura e o comprimento de 2 dedos de um adulto) ou desfiada misturada a um puré de legumes.
Pode ainda ser servida sob a forma de hambúrgueres ou bolinhas macias e fáceis de agarrar com a mão. Verifique sempre a ausência de espinhas e pele.
9 aos 12 meses
Nesta fase, o bebé está mais habituado a mastigar. Pode oferecer pedaços mais pequenos, desfiada ou em lascas pequenas. Combine-a com arroz, quinoa ou massa e ainda legumes bem cozidos. Assegure-se sempre da ausência de espinhas e pele.
A partir dos 12 meses
A tilápia pode ser apresentada em receitas mais complexas e próximas da alimentação da restante família, como estufados leves. Certifique-se de que os pedaços estão livres de espinhas e pele.
O consumo de peixe tem benefícios para a saúde dos bebés, e por isso faz sentido incluir na introdução alimentar. Adicionalmente, é importante ter em atenção o tipo de peixe oferecido, garantindo uma oferta variada e optando sempre por espécies mais pequenas. A origem do peixe assume também um papel importante e quando consumimos peixe criado em viveiros para consumo humano devemos sempre questionar as boas práticas de produção, higiene e segurança nomeadamente no que diz respeito ao uso de antibióticos e outros químicos que possam ser prejudiciais para a saúde, especialmente dos mais pequenos.
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