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por
Carolina
Neste artigo falamos sobre como as preferências alimentares são desenvolvidas e o impacto que a introdução precoce de açúcares livres na alimentação do bebé pode ter no desenvolvimento dessas preferências.
A Associação Americana do Coração (AHA) recomenda que os açúcares adicionados não sejam introduzidos na alimentação do bebé antes dos 2 anos de idade. Depois dos 2 anos, o consumo de açúcares livres por parte das crianças deve estar limitado a menos de 25 g (100 cal ou 6 colheres de chá)1.
Esta recomendação está em linha com a Recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP)2, Organização Mundial da Saúde (OMS)3 e Direção Geral da Saúde (DGS).4
Nascemos com a preferência inata por sabores doces e, por volta dos 4 meses, desenvolvemos a preferência pelo sabor salgado. Também temos uma pré-disposição genética para rejeitamos o sabor amargo5. Essas preferências de sabor podem ser fruto de uma tendência biológica para preferirmos alimentos ricos em calorias e proteínas e uma aversão a alimentos venenosos ou tóxicos (que normalmente são amargos)6. As crianças em idade pré-escolar também estão predispostas a rejeitar novos alimentos (neofobia alimentar).
O primeiro contacto do bebé com os sabores começa ainda no útero da mãe, quando os sabores da dieta da mãe são transmitidos ao líquido amniótico. E continua durante a amamentação através do colostro e do leite materno.
Posteriormente, durante a introdução alimentar, que começa por volta dos 6 meses, o bebé vai ter contacto com uma grande variedade de alimentos, e vai desenvolver as preferências alimentares e padrões de aceitação alimentar. Estudos mostram que é possível contrariar essa tendência natural através da exposição repetida a novos alimentos, incluindo sabores que o bebé não gosta7, permitindo que a criança aprenda a aceitar e preferir os alimentos disponíveis no seu ambiente específico8.
Sabendo que nascemos com preferência pelo sabor doce, é fundamental expor o bebé e a criança a uma variedade grande de sabores, incluindo sabores ácidos e amargos, como vegetais crucíferos, verduras ou frutas ácidas.
Mantenha a exposição aos alimentos constante, mesmo quando parece que o seu bebé não gosta desse alimento. Estudos experimentais mostram que a neofobia pode ser reduzida e as preferências podem ser aumentadas expondo bebés e crianças pequenas repetidamente a novos alimentos. São necessárias 6 e 15 tentativas, antes de se verificar um aumento na ingestão e nas preferências alimentares.
Coma ao mesmo tempo que o seu bebé, e coma o mesmo que ele desde cedo. Estudos mostraram que os alimentos que os pais consomem e disponibilizam aos seus filhos são um bom indicativo do tipo de alimentos que essas crianças consomem.
O tema da alimentação nas escolas - especificamente nos berçários e creches - tem sido um tema muito debatido nas nossas redes sociais.
Estudos experimentais mostram que os modelos de adultos e pares são eficazes na aceitação e preferências por novos alimentos em crianças9,10. Ou seja, ver outras pessoas a comer alimentos novos, sejam elas adultos como os pais e as educadoras, ou os colegas de sala, parece ter impacto nos padrões de ingestão das crianças e provavelmente serve para garantir que as crianças consomem alimentos que foram demonstrados por outros como seguros5.
Com licenças de maternidade de 4 meses, os bebés desde o início da introdução alimentar fazem pelo menos 50% das suas refeições - muitas vezes todas - em ambiente escolar. A alimentação na escola tem por isso um papel crucial na formação das preferências alimentares dos bebés portugueses.
No entanto, o que (ainda) acontece com muita frequência é uma alimentação pobre em vegetais (no prato), com alimentos ultraprocessados nas refeições principais, como douradinhos, salsichas, fiambre, chourição, sobremesas e lanches cheios de açúcar como papas lácteas, iogurtes com aroma, cereais, tulicreme, leite com chocolate, marmelada, gelatina.
Açúcares livres é o termo usado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que se refere a todos os monossacarídeos e dissacarídeos adicionados aos alimentos pelo fabricante, cozinheiro e consumidor (por exemplo, açúcares adicionados), assim como os açúcares naturalmente presentes no mel, xaropes e sumos de frutas.
O açúcar naturalmente presente nas frutas intactas e na lactose em quantidades naturalmente presentes no leite humano ou fórmula infantil, leite de vaca/cabra e produtos lácteos sem açúcar não são considerados açúcares livres.
Nomes comuns para açúcar adicionado incluem:
Xarope de milho
Xarope de milho rico em frutose
Xarope / geleia de arroz
Xarope de ácer (maple syrup)
Xarope / geleia de tâmaras
Agave
Néctar de coco
Melaço / melado
Xarope de glicose
Xarope de malte de cevada
Açúcar de beterraba
Açúcar mascavado
Cristais de caldo de cana
Açúcar de cana
Caramelo
Xarope de alfarroba
Açúcar de coco
Açúcar de tâmaras
Açúcar demerara
Dextrose
Frutose
Glicose
Sólidos de glicose
Sumo de frutas concentrado
Maltose
Açúcar em pó
Treacle
Maltodextrina
Sacarose
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