Carrinho de compras
o seu carrinho está vazio
Continuar a comprar
por
Carolina
A introdução alimentar é um dos temas mais controversos na nutrição infantil. Enquanto algumas recomendações, como as da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam para o início aos 6 meses, há médicos que sugerem começar aos 4 meses. O mesmo acontece com a forma de introduzir alimentos — uns defendem papas e sopas, outros recomendam o baby-led weaning. Há quem diga que é preciso introduzir um alimento de cada vez e esperar entre novos alimentos, enquanto outros acreditam que isso não é necessário na maioria dos casos.
E quando o assunto é espinafre para bebés, o debate continua. Afinal, este vegetal está longe de reunir consenso quanto à sua introdução. Neste artigo explicamos por que o espinafre é controverso, quando e como pode ser introduzido com segurança, e quais os benefícios reais para a saúde dos bebés.
O espinafre, especialmente quando cru, é um vegetal rico em nitratos. Este composto está naturalmente presente em vegetais como espinafre, beterraba, nabiças, alface, entre outros.
Em bebés com menos de 6 meses, o consumo elevado de nitratos pode causar uma condição chamada metahemoglobinemia, que afeta a capacidade do sangue transportar oxigénio. Embora esta condição seja rara e afete sobretudo bebés muito pequenos, o receio persiste na introdução alimentar mesmo após os 6 meses.
Não necessariamente. Alguns profissionais de saúde recomendam esperar até aos 12 meses por precaução, mas não existe evidência científica que contraindique a introdução de folhas verdes escuras a partir dos 6 meses, desde que feitas com os devidos cuidados.
Segundo a American Academy of Pediatrics e a EFSA, os espinafres podem ser oferecidos com segurança a partir dos 6 meses, em quantidade moderada e preparados corretamente.
Para reduzir o teor de nitratos e garantir uma introdução segura:
Coze os espinafres separadamente e descarta a água da cozedura.
Podes usar espinafres congelados, pois tendem a conter menos nitratos do que os frescos.
Dá preferência aos espinafres biológicos, que estão entre os alimentos com mais resíduos de pesticidas, segundo o Environmental Working Group.
Oferece os espinafres bem triturados ou picados, em sopas, purés, pataniscas ou omeletes — evita folhas inteiras para prevenir risco de engasgo.
Moderação é essencial: o ideal é que façam parte de uma alimentação variada, e não sejam consumidos em grandes quantidades diariamente.
Sim! O espinafre e outros vegetais de folhas verdes escuras são altamente nutritivos e devem fazer parte da alimentação de bebés, crianças e adultos.
Principais benefícios nutricionais do espinafre:
Rico em vitaminas A, C, E e K
Fonte de ferro, cálcio, magnésio, potássio e fibras
Contém antioxidantes com potencial anti-inflamatório e protetor celular
Estudos sugerem que o consumo regular de vegetais de folhas verdes pode:
Reduzir o risco de cancro do estômago, mama e pele
Proteger a saúde cardiovascular
Melhorar o trânsito intestinal e a saúde digestiva
(Fonte: American Institute for Cancer Research, USDA, How Not to Die)
Nunca cozinhe com outros alimentos na mesma água. Coze-os à parte e adiciona ao final da receita.
Evita folhas inteiras. Embora não sejam um alimento de risco de asfixia, folhas grandes podem dificultar a deglutição.
Se não encontrares espinafres biológicos, opta por alternativas como brócolos, couve-flor ou ervilhas, com baixo teor de pesticidas.
Não adiciones leite ao preparar esparregado ou purés para bebés com menos de 12 meses.
Omelete de espinafres
Esparregado (não usar leite para bebés com menos de 12 meses)
Espinafres salteados com cebola
Fontes:
1 The Role of Dietary Nitrate. American Academy of Pediatrics. 2018
2 Dark Green Leafy Vegetables. Agricultural Research Services, USDA.
3 Dark Green Leafy Vegetables. Agricultural Research Services, USDA.
Gene Stone. Michael Greger. How Not to Die (Como Não Morrer). Livro. Dezembro 2015
Também vais gostar
Comida de bebé
Morada
Ruas da maternidade,
hospital da oliveira,
Lisboa 4900-120