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Carolina

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petição sobre legislação da alimentação em berçários e creches, modelo de email para enviar para a creche.
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No que toca à alimentação de bebés e crianças pequenas, temos um caminho longo pela frente. Ao longo destes 4 anos de projeto, vejo mães e pais cada vez mais conscientes e preocupados com o que os seus filhos comem. As escolas começam a mudar aos poucos, mas a passos muito mais lentos.

 

E, o que ainda vemos nos dias de hoje, são creches que passam por cima das decisões dos pais em não dar açúcar ou produtos ultra-processados aos seus bebés. Mães e pais que são impedidos de levar o lanche dos seus filhos e não têm alternativa, porque a escola só tem opções ultra-processadas nas ementas.

 

Infelizmente, ainda não há legislação em Portugal que controle a alimentação em creches e berçários, e os pais ficam de mãos atadas, presos a regulamentos internos e a excesso de poder de decisão do lado da escola. Do meu lado, estou a tentar que isso mude. Do lado de quem me lê: não podemos deixar que terceiros decidam o que o nosso bebé pode e não pode comer, especialmente quando falamos de alimentos que tem impacto negativo na saúde.

 

Por isso, enquanto não existirem leis, criei um texto que podem copiar a colar, ou usar como inspiração para abordarem a creche ou berçário dos vossos filhos. Encontram aqui também uma transcrição da petição e todas as referências bibliográficas, para poderem partilhar! Também recomendo vivamente a leitura do GUIA DE LANCHES ESCOLARES SAUDÁVEIS desenvolvido pela DGS e DGE, que explica muito bem a importância dos lanches e os alimentos que devem e não devem fazer parte de um lanche saudável,

 

 

Modelo de email ou carta para a creche/berçário

Cara Equipa da [ ],

Esperamos que esta carta vos encontre bem. Antes de mais, queremos expressar o nosso sincero apreço pelo cuidado e dedicação que têm demonstrado na educação e bem-estar da/o nossa/o bebé. É evidente o vosso compromisso em proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para o desenvolvimento das nossas crianças, e por isso escolhemos confiar-vos o cuidado da/do [ ].


No entanto, gostaríamos de partilhar algumas preocupações que temos em relação à alimentação fornecida na creche, especialmente nos lanches. Temos observado a presença de produtos ultra-processados, como bolachas maria, bolachas de água e sal, papas industrializadas com açúcar como que sabemos não serem ideais para a saúde e desenvolvimento de bebés e crianças pequenas à luz das recomendações atuais, e que inclusivamente não estão contemplados nas sugestões de lanches do Guia de lanches escolares saudáveis da DGE e DGS.


Entendemos que as decisões sobre a alimentação de um grande número de crianças podem ser complexas, e não queremos com isto minimizar o vosso esforço em fazerem o melhor pelos bebés e famílias. Também sabemos que é impossível satisfazer todas as exigências dos pais.


Mas gostaríamos de partilhar algumas informações que encontramos em estudos científicos e recomendações dos principais órgãos de saúde, para justificar o nosso ponto de vista. Estes estudos e guias destacam o papel crucial dos primeiros anos de vida na formação dos hábitos alimentares das crianças. O paladar está em franco desenvolvimento durante os primeiros dois anos, e exposições repetidas a alimentos ricos em açúcar e ultra-processados influenciam negativamente as preferências alimentares das crianças.


Além disso, sabemos que uma alimentação saudável desde a infância é essencial para prevenir uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, diabetes e doenças cardíacas. E que a obesidade na infância tende a prevalecer em idade adulta. Por isso, é muito importante que as refeições fornecidas na creche, especialmente os lanches, sejam nutritivas e promovam hábitos alimentares saudáveis desde cedo.


Temos conhecimento de uma petição que será votada em plenário sobre a alimentação em creches e berçários, que pede que se proíbam alimentos como os que ainda vemos nas ementas nas creches e berçários em Portugal. Essa petição reuniu mais de 15 mil assinaturas e os nossos deputados irão decidir se as medidas devem ou não ser implementadas. Encorajamos-vos a considerar tanto estas questões, como as sugestões do Guia de lanches escolares saudáveis, à medida que fazem alterações nas ementas da escola. Gostaríamos também de destacar a seguinte informação que está nessa petição:


- Papa Cerelac (33g de açúcar por 100g) (A)- Iogurte de aromas (10g por 100g) (B)- Bolacha maria (14,8g por 100g) (C)- Gelatina (14g por 100g) (D)- Cereais de pequeno-almoço (24,7g por 100g) (E)- Marmelada (60g por 100g) (F)


Além de produtos com açúcar adicionado, é comum ver nas ementas de creches produtos ultraprocessados e com níveis elevados de sal e outros aditivos, tais como:


- Fiambre ou chourição (2,3g de sal por 100g) (G)- Douradinhos (1,1g por 100g) (H)- Salsichas (1,6g por 100g) (I)- Creme vegetal (1,4g por 100g) (J)- Bolachas de água e sal (1,9g por 100g) (K)


Temos todo o gosto em colaborar com a escola para encontrar soluções que garantam que as refeições oferecidas na creche sejam mais saudáveis e adequadas ao desenvolvimento das crianças. Estamos abertos a discutir opções alternativas e a partilhar recursos que possam ajudar a promover uma alimentação mais nutritiva a todos. Afinal, a escola - e principalmente vocês - tem um papel fundamental no futuro dos nossos bebés!


Agradecemos a vossa atenção a este assunto e esperamos poder discutir mais detalhadamente como podemos trabalhar juntos para garantir o melhor para as nossas crianças.


Com os melhores cumprimentos,


[ ]


---

Referências bibliográficas (as restantes referências encontram-se no fim do artigo):

Direção Geral da Educação (2021). Guia de lanches escolares saudáveis.

World Health Organization. (2019). Healthy diet. Retrieved from https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/healthy-diet

American Academy of Pediatrics. (2017). Snacks, sweetened beverages, added sugars, and schools. Pediatrics, 139(2), e20170967.

Birch, L. L., & Ventura, A. K. (2009). Preventing childhood obesity: what works? International Journal of Obesity, 33(Suppl 1), S74–S81.

Mennella, J. A., & Beauchamp, G. K. (2017). The infant's nose: a bottleneck to food acceptance. Pediatrics, 113(4), 903–909.


 

Texto da Petição sobre legislação da alimentação em berçários e creches:

Pela legislação da alimentação e ementas nos berçários e creches em PortugalPara: Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República


Pretendemos que a alimentação nos berçários e creches seja objeto de regulação, considerando que a alimentação oferecida em grande parte destes estabelecimentos vai contra todas as recomendações da Direção-Geral de Saúde (DGS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e principais órgãos de saúde mundiais.


No seu mais recente "Guia alimentar para crianças dos 0 aos 6 anos", de 2019, a DGS é muito clara em dizer que o açúcar não deve ser introduzido antes dos 12 meses(1). A OMS refere que o açúcar não deve entrar na alimentação de bebés antes dos 2 anos.(2)


O Comité da American Heart Association também concluiu que se deve evitar completamente os açúcares adicionados em crianças com menos de 2 anos de idade.(3)


Nascemos com uma preferência inata por sabores doces e salgados.(4,5) Estudos mostram que é possível contrariar esta preferência com a exposição a uma variedade de sabores diferentes e evitando a oferta de açúcares adicionados até aos 2 anos. Outros estudos concluem que a preferência por alimentos saudáveis pode ser desenvolvida. Por exemplo, a exposição precoce e repetida ao sabor de alguns vegetais, aumenta a preferência por esses vegetais com efeitos que persistem por até 6 anos.(6)


O período de alimentação complementar que vai dos 6 aos 24 meses é por isso crucial para definir as preferências alimentares e a atitude das crianças em relação aos alimentos e as refeições, uma vez que pode modificar ou reforçar esta preferência inata pelos sabores doces e salgados.


O consumo precoce de açúcares livres e/ou bebidas contendo açúcar, aumentam o risco de excesso de peso/obesidade e cáries dentárias. Esse consumo pode resultar no consumo deficiente de nutrientes e em redução da diversidade alimentar, os quais podem estar associados ao aumento do risco de diabetes mellitus tipo 2 e de doença cardiovascular, além de outros efeitos nocivos à saúde.(7)


Em relação ao sal, a Geração XXI (G21), uma análise de coorte de bebés nascidos em 2005 e 2006 em maternidades públicas na área metropolitana do Porto, concluiu que a quase totalidade das crianças entre os 3 e 6 anos consumiam níveis elevados de sal (mais especificamente, 6,1g de sal por dia). A recomendação do Sistema de Saúde Nacional Britânico é para essa quantidade ser no máximo 3g de sal por dia.(8)


"Os alimentos processados, por diversas razões, mas também por conterem elevado teor de sódio, não devem integrar uma dieta saudável." - DGS(1)


Enquanto os jardins de infância e escolas têm diretrizes bem definidas no que diz respeito à alimentação - as “Orientações sobre ementas e refeitórios escolares” da Direção Geral da Educação (DGE) (9), que incluem, nomeadamente, uma lista extensa de alimentos permitidos nas ementas - para os berçários e creches, apenas existe uma série de regras (vagas) integradas no módulo “PCO6 – Nutrição e Alimentação” do Manual de Processos-chave da Segurança Social". Esta ausência de orientações é suscitada pela própria DGS, no seu Guia de Alimentação Saudável dos 0 aos 6 anos, de 2019 (1).


O que vemos neste momento nas creches é a inexistência de diretrizes sobre o tipo de alimentação oferecida, sendo que muitas creches não têm sequer nutricionista no preparo das ementas.


Em grande parte das creches, as ementas mudaram pouco nas últimas décadas e baseiam-se numa oferta de alimentos que já não está de acordo com as novas recomendações da OMS, European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition (ESPGHAN) e DGS.


As refeições são pouco variadas, são pobres em vegetais (frequentemente só aparecem na sopa) e muitas vezes os bebés comem pão ou bolacha várias vezes por dia.


Há ainda açúcar presente na alimentação de bebés com menos de 2 anos numa base diária, ocasionalmente em quantidades elevadas. Alguns exemplos desses produtos são:


- Papa Cerelac (33g de açúcar por 100g) (A)

- Iogurte de aromas (10g por 100g) (B)

- Bolacha maria (14,8g por 100g) (C)

- Gelatina (14g por 100g) (D)

- Cereais de pequeno-almoço (24,7g por 100g) (E)

- Marmelada (60g por 100g) (F)


Além de produtos com açúcar adicionado, é comum ver nas ementas de creches produtos ultraprocessados e com níveis elevados de sal e outros aditivos, tais como:


- Fiambre ou chourição (2,3g de sal por 100g) (G)

- Douradinhos (1,1g por 100g) (H)

- Salsichas (1,6g por 100g) (I)

- Creme vegetal (1,4g por 100g) (J)

- Bolachas de água e sal (1,9g por 100g) (K)


Os bebés portugueses fazem pelo menos 50% das refeições em ambiente escolar. Para bebés com menos de 12 meses, que ainda não introduziram o jantar, 100% das refeições são feitas em ambiente escolar. A alimentação nas creches tem por isso um peso muito grande no desenvolvimento de hábitos alimentares e na saúde das crianças.

 

Fontes:

(1) Guia Alimentar da criança 0 aos 6 anos - DGS(2) Complementary Feeding - WHO(3) Added Sugars and Cardiovascular Disease Risk in Children: A Scientific Statement From the American Heart Association(4) Alison K. Ventura, John Worobey, Early Influences on the Development of Food Preferences, Current Biology, Volume 23, Issue 9, 2013, Pages R401-R408, ISSN 0960-9822(5) Birch LL, Fisher JO. Development of eating behaviors among children and adolescents. Pediatrics. 1998 Mar;101(3 Pt 2):539-49. PMID: 12224660.(6) Complementary Feeding: A Position Paper by the European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition (ESPGHAN) Committee on Nutrition(7) Sugar in Infants, Children and Adolescents: A Position Paper of the European Society for Paediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition Committee on Nutrition(8) Salt: the facts - NHS(9) Orientações sobre ementas e refeitórios escolares. Ministério da Educação - Direção Geral da Educação(10) Guia para Lanches Escolares Saudáveis - DGS(11) Infográfico INSA: Obesidade Infantil

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