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por
Carolina
Sei que com a quantidade de opções - muitas delas não apropriadas sequer - uma das tarefas mais difíceis da introdução alimentar do bebé é a escolha da cadeira de refeição (ou cadeira da papa). E por isso, convidei a Patrícia Salvador para falar sobre o tema.
Pode parecer irrelevante, mas uma cadeira inapropriada pode até aumentar o risco de engasgo, por isso é tão importante saber o que procurar. Este artigo não é patrocinado.
No artigo de hoje, a Patrícia explica o que procurar numa cadeira de refeição e deixa-nos algumas sugestões. Há opções num intervalo grande de preços, mas é importante saber que podem sempre comprar as cadeiras mais caras em segunda mão.
A Patrícia Salvador é mãe e fisioterapeuta pediátrica. Tem a página @geppetto_bypatricia onde aborda o tema de liberdade de movimento nos bebés e calçado infantil respeitoso.
A escolha da cadeira de alimentação, é tão importante quanto a escolha dos alimentos. Ter uma postura adequada para comer oferece duas coisas igualmente importantes: conforto e segurança.
1) Encosto direito
Muitas cadeiras trazem o encosto reclinado, o que só por si, nos diz de imediato que se trata de uma cadeira desadequada.
Porquê? Porque comer inclinado não só aumenta o risco de engasgamento, como dificulta que o bebé se possa proteger através do GAG reflex. Este reflexo consiste na contração involuntária dos músculos da faringe e no movimento da língua, que impedem que algum alimento entre na garganta e possa obstruir a via aérea.
Se o bebé está inclinado, o alimento é continuamente enviado na direção da garganta, podendo resultar numa situação mais grave e que pode ser evitada com o posicionamento adequado. É de ressalvar, também, que muitas cadeiras vêm equipadas com cintos na zona do tronco, para ajustar melhor o bebé no momento da refeição. No entanto, a sua utilização é um grande entrave em situações de engasgamento que exijam a retirada imediata do bebé da cadeira para que se iniciem as manobras de desengasgamento, sendo por isso desaconselhado o uso dos cintos.
Por último, e não menos importante, comer inclinado faz com que o bebé não consiga chegar aos alimentos, o que diminui a sua autonomia.
2) Apoio de pés ajustável em altura
De nada serve uma cadeira com apoio de pés, que não possa acompanhar o crescimento do bebé. Comer com os pés apoiados é fundamental para o conforto (vocês adultos, já experimentaram comer com os pés pendurados?), e acima de tudo para que o bebé coma em segurança.
O apoio de pés permite manter a estabilidade do tronco, que por sua vez fornece mobilidade aos braços e dá, ainda, estabilidade às estruturas orofaciais. Tudo isto permite que o bebé explore o alimento à vontade e da forma mais eficaz possível.
É importante referir, ainda, que é esta estabilidade que faz com que o bebé consiga gerir melhor, em termos motores, o GAG reflex ou que consiga produzir uma tosse eficaz, dado que os pés apoiados promovem um ponto fixo aos nossos abdominais, no momento em que é necessário tossir.
3) Altura do tabuleiro/mesa
A altura do tabuleiro tem que permitir que o bebé possa ver o alimento, tocar e explorar, sem esforço. O tabuleiro deve por isso permitir que os cotovelos fiquem apoiados a uma altura que pode variar entre o nível abaixo dos mamilos e o nível do umbigo.
Antilop do IKEA (com apoio de pés comprado à parte)
A Mamima Shop é uma marca portuguesa que vende apoio de pés.
Danchair babydan (não traz tabuleiro)
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